>
 FGTSPan Consignado

Empréstimo INSS LOAS|BTG Pactual queria PanAmericano

BTG Pactual quer PanAmericano com R$ 40 bilhões de ativos

Autor: Adachi, Vanessa
Fonte: Valor Econômico, 02/02/2011, Finanças, p. C1

Antes um banco ancorado num ativo fictício, com operação deficitária e que esteve à beira da quebra por pelo menos três vezes (na crise de 2008, em novembro e agora), o PanAmericano emerge da operação arquitetada para resgatá-lo no último fim de semana como uma nova potência do varejo bancário do país. Apoiado por dois dos maiores bancos brasileiros - o ágil e agressivo BTG Pactual de um lado e o estatal Caixa Econômica Federal de outro -, a instituição fundada pelo empresário Silvio Santos deve, agora, decolar.

Antes um banco ancorado num ativo fictício, com operação deficitária e que esteve à beira da quebra por pelo menos três vezes (na crise de 2008, em novembro e agora), o PanAmericano emerge da operação arquitetada para resgatá-lo no último fim de semana como uma nova potência do varejo bancário do país. Apoiado por dois dos maiores bancos brasileiros - o ágil e agressivo BTG Pactual de um lado e o estatal Caixa Econômica Federal de outro -, a instituição fundada pelo empresário Silvio Santos deve, agora, decolar.

"Esse banco tem potencial para ter tamanho de ativo bem grande. Se falar em R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões de carteira não é nada fora da realidade", diz José Luiz Acar Pedro, apontado para assumir a presidência da instituição, completando que esse objetivo deve se cumprir em três a quatro anos.

Esse tamanho de carteira de crédito colocaria o PanAmericano ao redor da oitava posição. Segundo os dados do Banco Central de setembro, o HSBC tem carteira de crédito de R$ 37,4 bilhões e o Safra, de R$ 27,9 bilhões. O PanAmericano aparecia na 19ª posição, com R$ 6,1 bilhões.

Para sustentar sua operação, o novo PanAmericano contará com uma estrutura de captação de recursos vitaminada. A Caixa comprometeu-se a fornecer até R$ 10 bilhões em funding ao longo dos próximos anos, por meio de compra de recebíveis e operações no interbancário. O BTG Pactual fornecerá outros R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões. Ambos em condições de mercado, sem subsídio.

Sob o comando dos funcionários de Silvio Santos, o PanAmericano tinha uma estrutura de captação com custos tão elevados que simplesmente inviabilizava uma operação rentável.

Ao concordar com as duas operações de resgate, num total de R$ 3,8 bilhões, os maiores cotistas do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que são também os maiores bancos de varejo do país, criaram espaço para o surgimento de um concorrente de peso.

Outros bancos chegaram a ser consultados pelo FGC para assumir o PanAmericano. Muitos se perguntavam ontem por que a operação não interessou a Bradesco e Itaú, por exemplo, já que eles próprios tinham uma exposição ao banco por conta das carteiras de crédito adquiridas e que se mostraram fictícias em muitos casos. Um experiente banqueiro, de uma grande instituição, diz que a operação não fazia sentido para nenhum dos dois, porque, com a Caixa como sócia, não seria possível consolidar as operações do PanAmericano e ganhar sinergias. A decisão de fazer um movimento para barrar o avanço de um concorrente nessas condições não era óbvia.

Para transformar o PanAmericano na máquina de fazer dinheiro que pretende, o BTG Pactual terá ainda muito trabalho. O balanço do terceiro trimestre do ano passado, ainda sem data para ser publicado, virá limpo de todas as fraudes e inconsistências encontradas. Isso quer dizer que o ativo remanescente será raquítico, muito menor que os R$ 11,9 bilhões exibidos em junho e que o colocavam na 21ª posição no ranking de ativos. O banco precisará ganhar ritmo ainda e os indispensáveis investimentos em tecnologia levarão algum tempo para surtir efeito.

Há muitos desafios pela frente. Existem, ainda, alguns prejuízos lá dentro que precisam ser digeridos. O caso mais gritante envolve suspeitas de desvio de dinheiro em conluio com a antiga administração, algo ainda não apurado. O mineiro Adalberto Junior emprestou centenas de milhões de reais ao PanAmericano por meio de Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) com taxas prefixadas que beiram os 30% ao ano por prazos tão longos quanto 20 anos. Para efeito de comparação, a taxa básica está em 11,25%. Sob a gestão do BTG, a ideia é renegociar essas e outras operações, trazendo-as para a realidade de mercado.

Os custos de captação do banco já caíram

Autor: Adachi, Vanessa
Fonte: Valor Econômico, 02/02/2011, Finanças, p. C1

Antes vice-presidente do Bradesco, José Luiz Acar Pedro chegou ao BTG Pactual em dezembro para "fazer um pouco de tudo". Já estava "jogando bola", como ele mesmo diz, cuidando das filiais do BTG pelo país, entre outras atribuições, quando o PanAmericano cruzou seu caminho. Ao ser convidado por André Esteves para se juntar ao time do BTG, ainda não havia um projeto para o varejo. Sua presença no banco, entretanto, foi oportuna. Acar assumirá a presidência do PanAmericano, com a missão de turbiná-lo.

Valor: Em que momento o BTG entrou nessa negociação?

José Luiz Acar : Nós conhecemos muito bem o pessoal do grupo (Silvio Santos), do FGC e da Caixa e quando acharam que tinham que fazer um negócio, pelo que soube, foi um consenso que seríamos um banco para ser consultado.

Valor: E quando foi isso?

Acar : Nos procuraram uns dez dias atrás.

Valor: Quando a notícia do novo rombo saiu, então, já estavam em conversações?

Acar : Sim.

Valor: O BTG comprou o PanAmericano de porteira fechada? Sem conta gráfica, sem garantias?

Acar : O contrato tem garantias normais, algumas provisões.

Valor: Se aparecer alguma coisa nova, o risco é dos srs.?

Acar : A princípio, é. Mas estamos muito tranquilos com o trabalho feito por FGC, Deloitte, Price e Banco Central. A expectativa agora é que o banco, depois de limpo, terá muito pouco ativo. Ou seja, não tem nem muito ativo para ter fraude, o que nos dá conforto.

Valor: A taxa de 110% do CDI que vai corrigir os R$ 450 milhões é relativamente alta. Qual a conta?

Acar : A taxa de 110% é muito acima do nosso custo de captação, no BTG, mas muito abaixo da captação do PanAmericano. Temos uma opção, podemos pagar ou não antecipadamente essa dívida. O PanAmericano vai render mais que isso. O retorno sobre o patrimônio será de 20% a 30% ao ano, como qualquer banco de varejo.

Valor: E em que momento acharam que tinham um negócio interessante na mão?

Acar : Quando tivemos certeza que o balanço estava saneado. Some-se a isso a parceria estratégica com a Caixa, uma linha de funding num acordo de cooperação com a Caixa. Fez todo sentido abrir uma quarta linha de negócios no banco. Uma plataforma independente com um parceiro estratégico.

Valor: Mas o aporte final do FGC é que garantiu que estava saneado. Isso já era dado?

Acar : Sim, era muito mais do que sinalizado, era um compromisso. Não haveria nem conversa. Não tem sentido transferir o banco sem ser saneado.

Valor: Já existia plano de entrar no varejo antes?

Acar : Isso já havia sido discutido no banco antes, mas o movimento não havia sido feito porque o quebra-cabeça não havia se fechado.

Valor: Os senhores já mapearam o que deve ser feito para ajustar a operação, que era deficitária?

Acar : Tem algumas frentes. Tem que ganhar produtividade. Com certeza, a competitividade em termos de custo de funding. O banco tem uma captação inadequada.

Valor: Está muito cara? De quanto estamos falando?

Acar : Dá para fazer uma redução importante do custo de captação e trazer para algo em linha com os competidores dele.

Valor: Com isso o banco passa a ser rentável? Porque a tese é que o banco tinha perdas operacionais e a fraude visou encobri-las.

Acar : É difícil falar do passado, mas em junho já não havia performado bem, mesmo com as coisas que eram feitas.

Valor: E na parte de geração de carteira [ativo], o que farão?

Acar : A equipe de geração de negócio é muito boa, vamos reforçar o que for necessário. Vai diminuir a necessidade de ceder carteira. No começo ainda vamos ceder para testar. Mas a médio e longo prazo a ideia é reter. Esse negócio de varejo, não tem muito segredo. A margem é apertada, então tem que ter muita eficiência operacional. Eu tenho tanto de produção, que sustenta determinada despesa e determinado custo de captação. Essa equação não é sofisticada. E precisa de escala. É preciso ter agilidade e eficiência operacional. O lojista lá na ponta vai ter que ter agilidade, preço competitivo. E não estava tendo, porque não tinha investimento em TI.

Valor: O banco vai fazer esses investimentos?

Acar : Como fazemos no BTG, onde temos orçamento anual de R$ 60 milhões a R$ 70 milhões.

Valor: Quando o sr. imagina que o banco estará rodando como deve?

Acar : O quanto antes. Sorte que a nova diretoria já vinha fazendo um bom trabalho. Ficamos muito bem impressionados.

Valor: O sr. assume como CEO, o que acontece com o restante da diretoria? Continua?

Acar : Por enquanto, sim. O FGC indicou gente de mercado que foi para lá. A Caixa indicou gente muito boa, os melhores talentos deles.

Valor: E no conselho de administração, quem vão indicar?

Acar : Provavelmente Roberto Salute, André Esteves, Marcelo Kalim e Totó [Antonio Carlos Porto Filho]. Maria Fernanda, presidente da Caixa, continuará como presidente do conselho. A Caixa é uma parceira excepcional.

Valor: A parceria com a Caixa ainda não rodava para valer...

Acar : Estava começando. Tem muito o que explorar ainda.

Valor: O preço que o BTG pagou, comparado com o que a Caixa pagou um ano atrás. Alguém pagou caro ou alguém pagou barato. O que justifica tamanha diferença?

Acar : O rombo.

Valor: A Caixa pagou caro diante do fato de que o rombo já estava lá?

Acar : Difícil falar sobre isso. São momentos distintos.

Valor: Mas o BTG também está entrando num banco saneado, como a Caixa acreditava que era.

Acar : A geração de caixa desse banco lá atrás era maior.

Valor: Sim, no papel era. E quais as áreas de atuação pretendidas?

Acar : Por enquanto é "middle market" e crédito ao consumo com especialização em veículos.

Valor: E o crédito imobiliário?

Acar : É uma coisa para futuro, a ser discutida com a Caixa, para ver o que faz sentido para ela.

Valor: A classificação de risco do banco vai refletir essa troca de controle imediatamente?

Acar : Não vejo razão para não acontecer. O custo de captação já caiu.

PanAmericano, a novela de uma fraude contábil

Autor: Jr., Gilberto Scofield, DErcole, Ronaldo
Fonte: O Globo, 13/03/2011, Economia, p. 29

Para analistas, Silvio Santos soube usar o temor de risco ao sistema para vender seu banco ao BTG sem ter prejuízo

SÃO PAULO. Na tarde de 31 de janeiro, o empresário Silvio Santos foi ao nono andar do edifício onde funciona o escritório do BTG Pactual em São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, e, em meio à tietagem de alguns funcionários, assinou a venda do PanAmericano para o maior banco de investimentos do país. Acabava mais um capítulo da novela da megafraude de R$4,3 bilhões descoberta pelo Banco Central (BC) na contabilidade do banco de Silvio Santos, que se arrastava desde o início de 2010. Para muitos analistas, as irregularidades vinham desde 2007.

Nesse meio tempo, o PanAmericano sobreviveu claudicante numa UTI contábil, apesar do patrimônio negativo. A situação era tão grave que, em dezembro de 2010, o Índice de Basileia do banco ficou negativo em 4,74%, quando o BC exige um mínimo de 11% positivos. O Índice de Basileia é um indicador internacional que mede o quanto um banco pode emprestar em relação a seu capital.

Silvio Santos não embolsou um centavo dos R$450 milhões que o BTG pagou à vista pelas carteiras de financiamento do PanAmericano. Mas, ao deixar o prédio, estava bem humorado e fez graça com os jornalistas:

A única coisa que foi vendida foi o banco. As minhas empresas que estavam como garantia foram liberadas. A televisão (o SBT) que vocês queriam comprar não está mais à venda. Eu fico muito contente que não dei prejuízo para ninguém.

Silvio usou como trunfo a ameaça à reputação da Caixa

De fato, o empresário, dono da rede de televisão SBT e de um conglomerado de 44 empresas com patrimônio avaliado em cerca de R$3 bilhões, tem motivos de sobra para sorrir.

Em 2004, por causa de um rombo de R$2,2 bilhões, o BC interveio no Banco Santos, cuja falência foi decretada, enquanto seu dono, Edemar Cid Ferreira, ficou com os bens indisponíveis. Ele foi preso duas vezes.

No caso do PanAmericano, Silvio fez jus à fama de bom negociador. Segundo executivos ligados à operação de salvamento, ele usou com habilidade o risco de quebra do banco e o trunfo de ter como sócio a Caixa Econômica Federal para sair da história com o menor prejuízo possível. O empresário perdeu o banco, mas não suas empresas. E o governo comemorou uma solução de mercado (sem uso de dinheiro público) que preservou a reputação da Caixa após esta ter comprado, em 2009, 49% do capital votante do PanAmericano, por R$739,2 milhões.

Mas o principal personagem da operação de socorro ao PanAmericano não foi nem o BC nem o BTG Pactual. Criado pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) em 1995 para garantir os depósitos dos clientes de bancos liquidados, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC, custeado pelos próprios bancos) roubou a cena. Em ação inédita, o FGC gastou R$4,3 bilhões de seu patrimônio de R$28 bilhões em novembro de 2010 para salvar o PanAmericano sem exigir nada em troca. Das principais negociações com Silvio e o BC, participaram banqueiros do porte de Luiz Carlos Trabuco e Lázaro Brandão, do Bradesco; Roberto Setúbal, do Itaú; e Fabio Barbosa, do Santander (também presidente da Federação Brasileira de Bancos, a Febraban).

Essa não é uma operação que se faria em circunstâncias normais admitiu o presidente do Conselho de Administração do FGC, Gabriel Jorge Ferreira.

Ele alegou que o sistema bancário estaria em risco caso o PanAmericano quebrasse, ainda que o pior da crise econômica mundial já tivesse passado e o Brasil crescesse a um ritmo de 7,5% ao ano. Outros alegaram que grandes bancos estariam carregados de carteiras de empréstimos compradas do PanAmericano e uma quebra afetaria a saúde financeira dessas instituições. Mas, em conversas reservadas, os dirigentes de grandes bancos negaram o peso do PanAmericano em seus balanços.

É claro que haveria uma certa tensão no mercado com a quebra do banco, mas, caso acontecesse, os grandes perdedores seriam mesmo Silvio Santos e a Caixa, pela repercussão negativa do caso diz um executivo envolvido no negócio.

O caso espanta analistas não apenas pelos recursos envolvidos, mas pelo precedente criado. Eles se perguntam: se outro banco tiver problemas contábeis, o FGC vai se empenhar da mesma forma para evitar sua quebra? Além dos R$4,3 bilhões usados para cobrir o rombo, o Fundo ainda comprou R$3,5 bilhões em créditos do PanAmericano para ajudar a recompor o patrimônio deste.

Manipulação era feita em valores pequenos

A origem dos problemas estava na prática, comum no mercado financeiro, da venda de carteiras de empréstimos entre bancos. As normas determinam que esses financiamentos sejam retirados da lista de ativos e colocados em uma conta de compensação à parte, sendo abatidos à medida que são pagos. Mas o sofisticado esquema de fraude gerenciado por um programa de computador devolvia os empréstimos vendidos à conta original, o que inflava ativos e receitas e reduzia despesas.

Essas manipulações eram feitas mês a mês, em valores pequenos, de forma a enganar quem olhava as contas diz um especialista com acesso aos números do banco.

Os computadores do PanAmericano processavam na época cerca de 90 milhões de prestações de financiamentos, de dois milhões de clientes, sendo a maior parte de operações inferiores a R$5 mil. Com isso, o banco não era obrigado a informar ao BC os CPFs dos devedores. Sem esses dados, o BC não podia ver que o financiamento de um cliente do PanAmericano aparecia na carteira de outro banco, ao qual o crédito fora vendido. O esquema era uma obra de inteligência, nas palavras do atual superintendente do PanAmericano, Celso Antunes da Costa.

Os sistemas de controle interno do banco foram corrompidos de forma a produzir dados paralelos para enganar reguladores, auditores ou qualquer um que se aproximasse das demonstrações financeiras. Isso foi arquitetado pela alta administração do banco com suporte dos funcionários. Nesse típico conluio é praticamente impossível desvendar uma fraude afirma Maurício Pires Resende, auditor da Deloitte, responsável pelos balanços do PanAmericano desde 2002 e que foi duramente criticada por não ter identificado as manipulações.

Para muitos, incluindo as autoridades que investigam o caso a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal e o Ministério Público Federal em São Paulo , as irregularidades teriam começado em 2007, quando o PanAmericano preparava sua operação de abertura de capital na Bolsa de Valores, coordenada por BTG Pactual (então UBS Pactual), Bradesco BBI e Itaú BBA. Na venda ao mercado de 27,9% de suas ações, foram captados R$679 milhões.

O grupo ganhou 4.500 acionistas, aos quais é preciso dar satisfação. A administração foi profissionalizada e há transparência disse em maio de 2008 o então diretor de Finanças e Relações com Investidores do banco, Wilson Roberto de Aro.

Ele e o ex-diretor-superintendente Rafael Palladino um personal trainer que é primo da mulher de Silvio Santos, Íris Abravanel, e que assumiu o comando do PanAmericano em 2000 são até agora os únicos citados nominalmente, de um grupo de 40 executivos e funcionários afastados por suspeita de envolvimento na fraude.

Fundo emprestou R$4,3 bi e pode receber R$450 milhões

Segundo a PF, o inquérito policial para apurar crimes financeiros inclui acusações de gestão fraudulenta, prestação falsa de informações, inserção de elementos falsos em demonstrativos contábeis, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Somadas, as penas chegam a 37 anos de detenção. Não há registro de desfalques, e o PanAmericano não pagava bônus por desempenho aos executivos. Silvio Santos, por meio de sua holding, era o maior beneficiário dos dividendos oriundos das fraudes.

No primeiro semestre de 2010, quando aprovava a compra de metade do PanAmericano pela Caixa, o BC apertou a fiscalização sobre as carteiras de crédito do banco. As operações de venda dessas carteiras haviam se intensificado muito. Em 8 de setembro, diante de um rombo de R$2,5 bilhões, o diretor de Fiscalização do BC, Alvir Hoffman (que está se aposentando e será substituído por Anthero Meirelles), pediu esclarecimentos sobre o balanço de junho. Em correspondências posteriores, os dirigentes do PanAmericano admitiram inconsistências contábeis e pediram mais prazo.

Em 22 de setembro, Silvio Santos se reuniu com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto para, segundo o empresário, pedir uma doação para o Teleton (programa do SBT que arrecada recursos para pessoas com problemas de saúde).

Não (conversei com Silvio) porque não é assunto do presidente da República. O presidente não empresta dinheiro, não faz negócios com bancos e não fiscaliza bancos. Isso quem faz é o Banco Central do Brasil disse Lula à imprensa após a revelação do rombo.

O resgate do PanAmericano começou em outubro de 2010, quando Silvio Santos assumiu o problema e se iniciaram as conversas com o Fundo Garantidor. Este emprestou R$2,5 bilhões ao banco, a serem pagos em dez anos, com três de carência, sem juros e corrigidos pela inflação. A garantia eram as empresas do grupo Silvio Santos. Dois meses depois, quando a Deloitte achou outro rombo de R$1,5 bilhão, o Fundo Garantidor decidiu que Silvio não podia manter o banco. A Caixa não queria um sócio que competisse com ela no varejo, e o BTG viu a oportunidade de entrar no crédito à classe C.

Nas negociações com o Fundo Garantidor, o BTG pediu o mesmo tratamento dado a Silvio Santos. E levou as carteiras de empréstimo do banco numa operação de financiamento até 2028, corrigida pela taxa de juros interbancária (DI). Se o Fundo quiser o valor hoje, leva R$450 milhões. Num país onde os bancos têm registrado lucros recordes, o que são R$4,3 bilhões?

Quero Nova Simulação

Quero Novo cartão benefício

Quero renovar Contratos

As pessoas também perguntam

O banco Pan faz empréstimo consignado BPC LOAS?

A Pan e outros 11 bancos estão autorizados a realizarem empréstimo consignado aos contemplados com o Auxílio Brasil e Benefício de Prestação Continuada (BPC)

Como fazer empréstimo pelo BPC LOAS?
Como funciona empréstimo pelo BPC LOAS?

Ao solicitar um empréstimo consignado para os beneficiários do BPC/LOAS, o desconto deve ser feito diretamente do benefício e o beneficiário pode comprometer até 40% do valor com pagamento da parcela. Geralmente, esse tipo de empréstimo tem uma taxa de juros mais baixa.

Foi liberado empréstimo para representante legal do BPC?

O ano de 2022 trouxe várias novidades para os beneficiários do BPC – Benefício de Prestação Continuada. Além da possibilidade de realizar empréstimos consignados, agora, é possível que o empréstimo consignado BPC seja feito pelo representante legal.

Qual o valor do empréstimo do Loas?

Valor mínimo de R$500,00 de empréstimo. Taxa de juros mínima de 1,20% a.m. (30 dias) e taxa máxima de juros de 3,70% a.m. (30 dias).

Quanto tempo demora para cair o empréstimo Loas?

Depois da solicitação e aprovação o dinheiro do seu empréstimo consignado irá cair na sua conta e estará disponível para uso em até 5 dias úteis. Saiba mais sobre empréstimo consignado

Como saber se meu empréstimo Loas foi aprovado?

O status da proposta pode ser conferido pelo site ou app do Meu INSS. Depois de inserir login e senha no sistema, acesse a opção “Agendamentos/Requerimentos”: lá estará a solicitação do empréstimo e o seu status.

Como funciona o empréstimo consignado para quem recebe BPC?

Os idosos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) poderão ter direito a contratar empréstimo consignado em folha de pagamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). É o que determina o Projeto de Lei 2069/11.

Quem recebe LOAS tem direito ao Auxílio-Brasil?

E então, a pessoa que recebe o benefício assistencial previsto na LOAS tem direito ao auxílio-brasil? SIM. É possível receber os dois benefícios simultaneamente, desde que os requisitos estabelecidos para os dois benefícios estejam preenchidos, como o critério de renda.

Quais bancos estão fazendo empréstimo para BPC?

As instituições financeiras habilitadas junto ao Ministério da Cidadania são: Caixa, Banco Agibank; Banco Crefisa; Banco Daycoval; Banco Pan; Banco Safra; Capital Consig Sociedade de Crédito Direto; Facta Financeira S/A Crédito, Financiamento e Investimento; Pintos S/A Crédito

Qual o valor máximo do empréstimo consignado para BPC?

E o valor do empréstimo chega a 17 mil reais! Ou seja, esse é o limite que o beneficiário poderá comprometer de sua renda. Isso quer dizer que, hoje, é possível assumir parcelas de até R$484,00 de empréstimo consignado com o LOAS e BPC, cujo valor total é de um salário mínimo.

Onde fazer empréstimo para representante legal?

Banco pan faz emprestimo pra representante legal.Peça aqui sem sair de casa

Quem tem representante legal pode conseguir um empréstimo consignado?

O representante legal só pode contratar empréstimo consignado, se possuir autorização judicial. Os bancos não podem permitir que o representante legal do INSS faça empréstimo consignado se tiver apenas a procuração convencional registrada em nome da pessoa que o mesmo representa.

Qual o valor do empréstimo para representante legal?

Então, eles têm direito a um crédito de até R$15.586,12, com taxa de juros de 2.14% ao mês e dividido em 84 parcelas. O empréstimo BPC representante legal é feito por quem é o procurador do beneficiário.

Quanto tempo o benefício fica bloqueado para empréstimo em 2023?

A razão mais comum para o bloqueio de empréstimo se deve ao período necessário entre o recebimento do benefício e o momento do desbloqueio. O órgão responsável pelo sistema previdenciário estipula um prazo de 90 dias para que o beneficiário possa solicitar esse desbloqueio e assim permitir sua elegibilidade.

Qual prazo para desbloqueio do benefício INSS para empréstimo 2023?

90 dias Depois, é necessário aguardar no mínimo 90 dias da data de concessão do benefício para solicitar o desbloqueio. Esse prazo, que antes era de 30 dias no período da pandemia da covid-19, foi ampliado novamente e está valendo conforme a Instrução Normativa nº 138/2022, do INSS.

Qual empréstimo consignado cai na hora em 2023?

No Banco PAN, os interessados podem contar com ótimas taxas do empréstimo consignado e liberação rápida. peça Aqui sem sair de casa. Caso haja margem consignável disponível, os beneficiários do INSS podem ter seu crédito parcelado em até 72 meses. Já para funcionários públicos, o prazo pode ser ainda maior e com juros menores

Como desbloquear o BPC para empréstimo em 2023?

Para realizar a solicitação basta seguir o passo a passo: Entre no seu aplicativo “Meu INSS” ou no site e acesse com seu CPF e senha cadastrada; Clique no botão da lupa, que aparece na parte superior da tela e escreva: “Novo Pedido”; Digite: “Desbloquear Benefício para Empréstimo”;

Quero Nova Simulação

Quero Novo cartão benefício

Quero renovar Contratos

 acessoproservidor.com! São paulo

  Whatsapp
  Ligar Agora
  Whatsapp
  Ligar Agora
Itau BMG Consignado